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Soja: Otimismo diminui em Chicago nesta 5ª com anúncio de novas mortes pelo Corona; BR mantém foco no dólar.

Por: 
Noticias Agricolas
13/02/2020

O mercado da soja corrige as últimas altas na Bolsa de Chicago na manhã desta quinta-feira (13) e opera com pequenas baixas. As cotações, por volta de 7h45 (horário de Brasília), recuavam entre 2,75 e 4 pontos nos principais contratos, com  o março sendo cotado a US$ 8,89, o maio a US$ 8,99 e o julho a US$ 9,12 por bushel. 

O otimismo que invadiu os mercados ontem parece estar se dissipando com as notícias novas sobre o surto do coronavírus, apesar do progresso nas pesquisas. A província de Hubei, epicentro da crise, registrou 242 mortes pelo vírus somente nesta quarta, 12 de fevereiro e 14.840 novos casos. Esse foi o dia em que mais mortes foram registradas. 

"O mercado está mais cauteloso hoje, visto que o humor em relação ao Coronavírus mudou para pessimista de novo, após divulgação do maior número de obitos em um dia até agora", diz Steve Cachia, consultor da AgroCulte e da Cerealpar.

O que ainda dá algum suporte aos preços na Bolsa de Chicago são as expectativas de que a China voltará de forma um pouco mais expressiva às compras no mercado norte-americano a partir de 15 de fevereiro, que é quando entra em vigor a fase um do acordo comercial entre os dois países. 

Por outro lado, ainda como explica Cachia, o mercado brasileiro se mostra como o mais atrativo aos importadores neste momento, inclusive sendo favorecido pela alta forte do dólar, que permanece. E embora seja bom para as exportações nacionais, traz algum alerta aos participantes do mercado. 

 "O dólar comercial segue oferecendo suporte aos preços no mercado interno mas preocupa os agentes financeiros que acompanham a fuga de recursos estrangeiros do país", diz o analista. A moeda americana, nesta quarta-feira, fechou o dia em R$ 4,35, sua máxima histórica. 

Os negócios, com isso, vão acontecendo no Brasil, com os produtores ainda aproveitando as oportunidades que o mercado oferece, enquanto dividem seu tempo entre a comercialização e a colheita. Ontem, os indicativos nos portos variaram entre R$ 87,50 e R$ 88,50 no spot, enquanto as posições um pouco mais distantes já testavam os R$ 90,00 e até R$ 90,60, como relatou a Brandalizze Consulting.