Lácteos: fusões e aquisições devem aumentar em 2020.
O Rabobank prevê que as fusões e aquisições no setor global de lácteos aumentem no próximo ano, mas que o crescimento orgânico do setor deve ser prejudicado por avanço econômico mais lento na China e uma possível recessão nos Estados Unidos.“Ao mesmo tempo, companhias vão reconsiderar suas posições em decorrência dos riscos causados por tensões comerciais entre EUA, União Europeia, México e China, Brexit, e as crescentes restrições ambientais ao redor do mundo”, diz o banco em estudo listando as 20 principais empresas do setor.
O documento traz um histórico das negociações de fusão e aquisição que foram realizadas nos últimos três anos, sendo 127 em 2017, 111 em 2018 e, até o momento, 85 em 2019 – das quais, 32 foram intercontinentais. “Nos últimos 18 meses, houve 87 negócios fechados nacionalmente, seguidos de 70 aquisições intercontinentais e 39 regionais”, lembra o banco ao ressaltar que as empresas europeias responderam por 60% das negociações fechadas intercontinentalmente e 40% das negociações nacionais.Em 2018, o banco viu os baixos preços de commodities, problemas climáticos em regiões exportadoras e o dólar valorizado como obstáculos para o aumento da receita das principais companhias, mas, mesmo assim, foi detectado aumento de 2,5% na receita somada das 20 principais companhias do setor, ante alta de 7,2% no ano anterior.A Nestlé ficou em primeiro lugar no ranking, ajudada por um franco suíço estável ante o dólar e por crescimento orgânico de sua linha de alimentação infantil. A Lactalis ficou em segundo lugar, com 15 acordos para aumentar sua presença global, incluindo a aquisição da Itambé no Brasil. Em terceiro lugar, está a Danone, com a Fonterra em quarto e a FrieslandCampina em quinto.