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Juro baixo e novas regras para financiar atraem grandes bancos para o agro.

Instituições financeiras têm se movimentado para oferecer linhas com capital próprio a juros livres.
Por: 
Globo Rural
18/02/2020

 

Redução da taxa básica de juros até sua mínima histórica, de 4,25%, somada à flexibilização das formas de financiamento agrícola proporcionadas pela Medida Provisória 897/2019, a MP do Agro, editada em dezembro e cujo texto-base foi aprovado neste mês pela Câmara dos Deputados, deve transformar significativamente o crédito rural no Brasil.

Diante das novas circunstâncias, bancos e cooperativas de crédito têm se movimentado para disponibilizar linhas de financiamento com capital próprio a juros livres que, em alguns casos, se aproximam das taxas fixadas pelo governo no Plano Safra.

“À medida que a taxa de juros chega ao patamar atual, viabiliza que as instituições financeiras aportem recursos que não os controlados para atender a demanda dos produtores rurais”, observa Antonio Sidinei Senger, superintendente de crédito rural e direcionados do Sicredi.A cooperativa espera que 35% dos R$ 17,5 bilhões previstos para serem oferecidos nesta safra sejam de capital próprio, à taxa média de 8,5% – uma marca inédita para a instituição. Já o Bradesco projeta uma carteira de crédito de R$ 50 bilhões até dezembro, dos quais R$ 7 bilhões serão com recursos próprios, a taxas de juros que variam de 6,5% a 9,5% ao ano.