Frigoríficos perdem queda de braço e aceitam preços impostos pelos pecuaristas.
O mercado físico do boi gordo abre a semana bastante agitado, com forte especulação altista, motivada pela necessidade urgente de compra de animais de indústrias frigoríficas espalhadas por todo o País, relata a Informa Economics FNP. “A persistente escassez de oferta de boiada gorda tem feito muitas plantas frigoríficas digerir as altas acumuladas para não perder negócios”, informa a consultoria.
Há dias, continua a FNP, as indicações de preços da arroba no balcão perderam referência, “visto que a precificação passou a depender exclusivamente do tamanho do lote, da proximidade da planta frigorífica e, principalmente, se a boiada se enquadra em algum protocolo de exportação padrão China ou Europa”. Segundo apurou a FNP, as altas de preços foram mais enfáticas na região Norte do País, que tradicionalmente não é uma grande produtora de boiada confinada. No entanto, destaca a consultoria, com a habilitação de plantas frigoríficas da região Norte para exportar para China, registrou-se um salto nos preços no mercado local. Na praça de Redenção, no Pará, o boi gordo é negociado a R$ 174/@ a prazo (30 dias) e a R$ 172/@, à vista. Na região Noroeste de São Paulo, o animal terminado vale R$ 182/@, a prazo. Em Cuiabá, MT, a arroba é vendida a R$ 162, à vista, de acordo com a FNP. Em Goiânia, GO, os negócios são fechados a R$ 167, a prazo. Em Campo Grande, MS, o boi é negociado a R$ 172, com 30 dias para pagamento.