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Fertilizantes: fechamento de plantas liga sinal de alerta

Produção de nitrogenados, que já é pequena na comparação mundial, deve diminuir consideravelmente
Por: 
Portal DBO
01/05/2018

O anúncio do fechamento de unidades da Petrobras que fabricam nitrogenados na Bahia e em Sergipe ligou o sinal de alerta para o setor de fertilizantes. De acordo com o diretor executivo da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), David Roquetti Filho, o Brasil produz 0,7% de toda a produção de nitrogênio no mundo usados internamente e, com a paralisação das plantas, esse número ficaria muito próximo de zero. “E nós temos uma das maiores taxas de consumo de nitrogênio mundo, importamos 12,7% de todo o nitrogênio produzido, então é um mercado muito importante”, diz. 

Em nota, o Sindicato Nacional da Indústria de Matérias Primas para Fertilizantes (Sinprifert) se mostrou preocupado com a situação. “O encerramento da produção aumentará o déficit no suprimento nacional de amônia e ureia, incrementando a dependência de importação destes insumos que afetam diretamente a competitividade da produção agrícola do Brasil”. O Sindicato ainda pede a elaboração de políticas que viabilizem o fornecimento de gás natural como matéria-prima como forma de ampliar a atratividade da produção de amônia nacional. Em relação aos preços, o diretor executivo da Anda ressalta que eles são definidos no mercado internacional. Como a importação já é muito significativa e a produção nacional não representa uma fatia tão grande, o impacto não seria tão expressivo. Mas, segundo ele, é preciso acompanhar a movimentação atual.

 

Bolívia - Um dos países que poderiam exportar ureia para o Brasil é a Bolívia. O país já sinalizou a intenção ano passado e uma comitiva visitou Mato Grosso para tratar do assunto. “Ela vai ter que competir com outros fornecedores mundiais. É uma das opções, mas a produção dela também não é tão grande”, afirma Roquetti Filho.