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Embargo russo deve ser resolvido até janeiro de 2018

Segundo ministro, Brasil vai liberar as exportações russas de pescado, trigo e carne bovina. Com isso, suspensão de proteínas bovina e suína deve ser revertida
Por: 
Portal DBO
12/12/2017

A suspensão russa das importações de carnes bovina e suína do Brasil deve ser revertida até janeiro de 2018, acredita o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi. "Já estou cumprindo os três compromissos que o país tinha feito com eles, de liberar exportações de pescado, trigo e carne bovina, então esperamos que a questão contra a carne seja retirada", afirmou na inauguração da Embrapa Territorial.

 

De acordo com o ministro, a demanda russa pela liberação das exportações de pescado, trigo e carne bovina - principalmente picanha - para o Brasil é antiga e "factível". "Pescado já está pronto para liberar, e a instrução normativa da picanha e do trigo devem sair amanhã".

 

Para ele, é normal que a Rússia aproveite o final de ano e o congelamento de seus portos, quando já importou tudo o que precisava, para colocar novamente essas questões em pauta.

 

Carne Fraca - Na coletiva de inauguração da unidade, o ministro voltou a ressaltar a importância da Operação Carne Fraca para o setor. "Tinha muita coisa que não estávamos dando atenção e que iam piorar com o tempo". Segundo ele, apesar da Carne Fraca, o país terminará com números maiores de exportações de carnes em volume e faturamento em 2017.

 

Leite - Maggi também afirmou que o mercado de leite receberá intervenções do governo em 2018. "Estamos pensando em políticas para o futuro. Este ano não conseguimos, mas ano que vem teremos compras governamentais para repasse às escolas. Precisamos intervir ou a crise do leite vai permanecer ano que vem".

 

O ministro ainda reforçou que o preço pago ao produtor não foi prejudicado apenas pelas importações, como as do Uruguai, já que estas representam apenas 1,5% do total consumido internamente. "O preço de quase todos os alimentos caiu". Ele disse que, em conversa com o ministro da Fazenda Henrique Meirelles ressaltou a necessidade de reduzir custos internos para aumentar a competitividade do produto frente aos outros países do Mercosul. "Queremos um mercado livre e aberto, mas com o custo que temos é impossível competir, então temos que dar condições aos produtores para isso".

 

Funrural - Sobre as dívidas do Funrural, o ministro disse que o setor ficará inviabilizado se tiver que pagar todo o valor (sem descontos de juros e multas), que seria de "no mínimo 30% de uma safra bruta". "É uma confusão grande, mas temos a esperança do setor sair disso o menos machucado possível". Mas, segundo ele, o que os produtores querem - que não ocorra cobrança retroativa -, não tem como ser aprovado no Congresso, apenas por uma modulação no Supremo Tribunal Federal (STF), que foi quem determinou que a cobrança era válida.

 

Fonte: Portal DBO