Coreia do Sul suspende proibição de carne bovina dos EUA.
A Coreia do Sul suspendeu oficialmente a proibição de importação de carne bovina norte-americana na semana passada, apesar de um protesto envolvendo milhares de pessoas ocorrido no centro de Seul, informa reportagem do The New York Times.Mais de 3 mil manifestantes acusaram Lee Myung-bak, o presidente sul-coreano, de abrir a porta para o produto norte-americano que eles acreditam não estar a salvo da doença da vaca louca (encefalopatia espongiforme bovina).A Coreia do Sul era o terceiro maior mercado externo dos exportadores de carne bovina dos Estados Unidos, comprando US$ 800 milhões/ano, até que uma proibição de importações foi imposta em 2003, depois que um caso de doença da vaca louca foi encontrado nos EUA.
A pedido do governo sul-coreano, os Estados Unidos revisaram os termos de um acordo, restringindo as exportações americanas de carne bovina a bovinos com menos de 30 meses. Acredita-se que bovinos mais jovens correm menos risco de contrair a doença da vaca louca.A Coreia do Sul, assim como o Japão, é um dos países que proíbem a entrada da carne bovina brasileira, alegando questões sanitárias.O grupo de manifestantes da Coreia também ameaçou organizar um boicote à carne bovina vendida no mercado varejista e rede de restaurantes. Os restaurantes McDonald’s e as churrascarias Outback na Coreia do Sul colocaram anúncios nos jornais nos últimos dias declarando que não estavam usando carne bovina norte-americana, de acordo com o NYT.Com o aviso legal em vigor, os importadores sul-coreanos podem solicitar ao governo que inspecione as importações norte-americanas de carne bovina – o governo deve liberar imediatamente a carne que passa nas inspeções.Cerca de 5.300 toneladas de carne bovina dos EUA, embarcadas anteriormente para a Coreia do Sul, mas mantidas em instalações alfandegárias e de quarentena, podem ser inspecionadas ainda nesta semana, disseram autoridades do Ministério da Alimentação, Agricultura, Florestas e Pesca. O aviso legal também permite que importadores sul-coreanos façam pedidos nos Estados Unidos.