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Consumo brasileiro de leite deve ter avanço “moderado” no 2º sem.

Fraco desempenho da economia tem limitado o avanço do consumo, avalia Rabobank.
Por: 
Portal DBO
25/09/2019

A demanda do mercado interno brasileiro por leite deve ter melhora “moderada” no segundo semestre quando comparado ao desempenho observado no início deste ano. A avaliação foi feita pelo Rabobank em relatório divulgado nesta segunda-feira, 23 de setembro.“A Economia brasileira continuou fraca e o crescimento do PIB está projetado para abaixo de 1% em 2019. O baixo crescimento tem impedido uma queda mais acentuada do desemprego e, como resultado, o consumo de lácteos continuou baixo”, explica a instituição financeira.Para os próximos meses, a avaliação é de que a aprovação da reforma previdenciária melhore o ambiente de negócios do país, contribuindo para algum avanço na demanda do mercado interno, mas com condições ainda “desafiadoras” para o produtor.“A melhora da economia e do consumo têm poucas chances de dar sustentação aos preços pagos ao produtor”, explica po Rabobank ao ressaltar que, devido ao clima, a qualidade da alimentação do rebanho brasileiro também estará comprometida nos próximos meses.

 

Do lado da demanda, as margens negativas dos processadores também deve pressionar o preço do leite pago ao produto. O banco destaca que, com a fraca recuperação da economia, a indústria tem evitado repassar a alta dos custos para o consumidor final e acumulado margens negativas.O cenário contrasta com os baixos custos de produção e melhores preços para o leite observados no início do ano. Entre as razões para a mudança no contexto financeiro de indústria e produtores, o Rabobank menciona a alta do dólar ante o real, o que encarece os custos de produção, e o tempo seco em agosto, que reduziu a oferta de pastagens.Como resultado,  a produção passou de um crescimento de 3% no primeiro semestre para 1% em julho, com uma previsão de 1,5% no segundo semestre.  “Com o baixo crescimento da oferta, o Brasil tem visto crescer as importações nos últimos meses. Os elevados preços domésticos quando comparado aos produtos importados contribuiu para um aumento de 2,5% em volume nas importações durante agosto”, explica a instituição financeira.De acordo com o Rabobank, a balança comercial brasileira em lácteos no acumulado dos oito primeiros meses de 2019 apresenta um déficit de 80 mil toneladas na comparação com igual período do ano passado. Para os próximos meses, a previsão dos analistas é de que a alta do dólar ante o real ajude a limitar as importações no país.