Boi segue sob pressão da indústria frigorífica.
No mercado interno do boi gordo, ainda sob efeito do isolamento social adotado nos principais centros urbanos do País, o escoamento de cortes de carne se mantém abaixo do esperado e, sem necessidade de abates urgentes, os compradores operam com bastante cautela, relata a Informa Economics FNP.O atual cenário mostra que os preços da arroba do boi gordo nas várias praças se mantêm voláteis. Confira o que ocorre em cada uma delas:
Giro pelas praças
Na região Norte do país, os preços da boiada gorda subiram nesta quinta-feira, puxados pela retenção de oferta de boiada pronta por parte dos pecuaristas, que ainda são favorecidos pela boa qualidade do pasto, de acordo com a FNP.Em Minas Gerais, a arroba também se valorizou, pelo maior interesse de frigoríficos exportadores, que pagam prêmios mais altos pela carne de animais jovens que tem como destino a China.Em São Paulo, em função do feriado de sexta-feira, muitos frigoríficos se ausentaram das compras e o mercado registrou poucas negociações. Nas praças paulistas, o boi terminado registrou leve desvalorização de R$ 1/@ nesta quinta-feira, para R$ 197/@, a prazo, segundo a FNP.No Mato Grosso, os preços também caíram. A cotação da arroba segue sob pressão baixista. Além da fraca atuação dos compradores, a diminuição no volume de chuvas incentiva os pecuaristas a liquidar mais o gado terminado.No Mato Grosso do Sul, o mercado segue com baixíssima liquidez, sem atuação ativa de nenhuma das duas pontas. Poucas compras foram realizadas a preços menores que os anteriores.Em Goiás, a arroba também, segundo levantamento da consultoria. A oferta de animais cresceu no
Estado e os frigoríficos conseguiram estender escalas até o final da próxima semana.No Rio Grande do Sul, o volume de negócios registrou leve avanço. Com a expectativa de melhora no escoamento de carne, devido à aproximação da virada do mês e do dia das mães, os frigoríficos se posicionaram mais ativos nas aquisições, conseguindo comprar melhor, mesmo a preços mais baixos que as máximas anteriores, informa a FNP. No estado, em função do tempo seco, que prejudica a qualidade dos pastos, não há espaço para uma maior especulação de ajustes positivos por parte dos pecuaristas.