Importação de soja pela China recua em março com atraso de safra no Brasil e coronavírus
As importações de soja pela China em março recuaram 13% na comparação com igual período do ano passado, para o menor nível em mais de cinco anos, apontaram dados alfandegários nesta terça-feira (14), depois de chuvas atrasarem carregamentos do Brasil e a pandemia de coronavírus afetar a demanda pela oleaginosa.
A China, maior compradora de soja do mundo, importou 4,28 milhões de toneladas da oleaginosa em março, segundo cálculos da Reuters com base em números de alfândegas, ante 4,91 milhões de toneladas em março de 2019. O volume é o menor desde fevereiro de 2015.
Mesmo assim, o Brasil manteve ritmo alto de exportações do grão em fevereiro e março. No início de abril, o ritmo de vendas segue acelerado.
No acumulado do primeiro trimestre, as importações foram de 17,79 milhões de toneladas, disseram as alfândegas, alta de 6,2% na comparação anual.
As chuvas registradas em fevereiro atrasaram colheita e exportações de soja do Brasil, levando a um desembarque menor que o esperado do produto brasileiro na China.
A epidemia de coronavírus, que teve início na cidade chinesa de Wuhan no final de 2019, também desacelerou operações em unidades de processamento e interrompeu produção no setor de proteína animal.
É esperado que nos próximos meses os embarques de soja para a China ganhem força, à medida que as condições climáticas melhoram no Brasil e carregamentos encomendados dos Estados Unidos sob a fase 1 do acordo comercial sino-americano chegam ao destino.