Custo de produção do leite registra maior alta do ano em maio.
.O Custo Operacional Efetivo (COE), que considera os gastos correntes da propriedade na “média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), subiu 0,52% frente a abril e o Custo Operacional Total (COT), que engloba o COE, o pró-labore e as depreciações, 0,44%.A alta nos custos foi influenciada principalmente pela valorização de 0,95% no grupo dos concentrados (também entre abril e maio), reflexo da recente elevação nos preços do milho, de 14,66%, de acordo com o Indicador Esalq/BM&FBovespa. Esse resultado é consequência da expectativa de quebra de safra nos Estados Unidos, em razão das condições climáticas desfavoráveis do país, segundo informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Outro fator que influenciou o aumento dos custos de produção e dificultou o fluxo de caixa das propriedades foi a elevação de 0,51% nos preços dos insumos de suplementação mineral. Dentre os estados pesquisados, o Rio Grande do Sul foi o que registrou o aumento mais expressivo, de 4,43%.Por outro lado, o grupo de adubos e corretivos se desvalorizou 0,11% frente a abril, o que amenizou os aumentos do COE e do COT.Os incrementos nos custos de produção, por sua vez, não tiveram grande impacto sobre o movimento de recuperação de margens que o setor leiteiro vem passando. O preço do leite pago ao produtor registrou acréscimo pelo quinto mês consecutivo – desde o início do ano, a elevação é de 20,4%, em termos reais. No mesmo período, o COE e o COT subiram apenas 1,09% e 1,18%, respectivamente, garantindo aumento nas margens da atividade leiteira.