Setor leiteiro espera melhora na demanda
Com a demanda fraca na ponta final da cadeia, os preços do leite ao produtor registraram queda no pagamento de janeiro, referente ao leite entregue em dezembro do ano passado. Do lado da oferta, o pico de produção em São Paulo, Goiás e Minas Gerais em dezembro último colaboram com a pressão de baixa.
Na região Sul do país, a queda no volume captado nos três estados não foi suficiente para dar sustentação as cotações, diante de um escoamento fraco na ponta final da cadeia nos últimos meses.
Considerando a média nacional ponderada, o preço do leite ao produtor caiu 1% no pagamento realizado em janeiro/18, que remunera o leite entregue no mês anterior.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, o produtor recebeu, em média, R$1,027 por litro, sem o frete, 6,8% menos na comparação com o mesmo período de 2017, em valores nominais.
No atacado, houve alta nos preços do leite longa vida e alguns outros produtos lácteos nas duas quinzenas de janeiro, mas não em função de uma reação nas vendas e sim como uma tentativa de melhorar as margens das indústrias, que estiveram negativas nos últimos meses em muitos casos.
Para o pagamento a ser realizado em fevereiro de 2018, referente a produção de janeiro, 64% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em estabilidade do preço do leite ao produtor, 22% falam em alta e 14% acreditam em queda no preço do leite frente ao pagamento anterior.
Em resumo, no Brasil Central e regiões Sudeste e Sul do país a tendência é de manutenção a alta nos preços do leite ao produtor em fevereiro, com poucas empresas estimando queda.
Além da queda na curva de produção de leite nas principais bacias do país a expectativa é de uma melhoria da demanda interna após o Carnaval e final das férias escolares.